quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

#Autora : Texto - I Understand


Tua tez pálida, quase doentia que me fazia caricia ao oscular minha boca seca, se transformava em apenas uma lembrança. Uma lembrança real que causara uma nostalgia profunda. Que causara uma sensação de culpa e medo. Sensação que a pouco eu não tinha; sensação que eu não sabia que existia. 

Queria poder tocá-lo novamente. Sussurrar em seu ouvido e abraçá-lo infinitamente. Queria ouvir o timbre tão único da tua voz e ouvi-lo dizer que estava bem. Queria poder esquecer o mundo e relembrar que você esteve ao meu lado... Impossível! Ah, tão impossível quanto eu ir a Lua. Lua que nos iluminava durante as noites de verão quando estávamos abraçados no jardim de grama sempre verde...
“- Johnny olha lá! – ele apontava para o céu – Uma estrela cadente! Faz um pedido...
E eu fiz o pedido. 
- Pronto. – falei, o fitando – Pedido feito! 
- O que você pediu? – ele perguntou, pousando a cabeça sobre o meu peito e fitando o céu. 
- Pedi para que esse momento aqui jamais acabasse – respondi sorrindo e sentindo que ele sorria também.”
Bons momentos esses com James, pena que tudo tinha que acabar tão rápido... Não me dando nem uma única chance de despedida. Despedida que por um lado seria horrível, mas por outro lado seria bom, pois assim eu poderia selar, pela ultima vez, meus lábios aos dele.
Mas hoje eu estou aqui, neste cemitério, observando tristemente sua lápide. Hoje eu estou aqui, derramando tantas lágrimas doloridas de sangue. Hoje eu estou aqui, pela milésima vez, tentando entender o que aconteceu. Hoje eu estou aqui, tentando senti-lo próximo a mim; tentando sentir teu cheiro; tentando sorrir ao relembrar tantos momentos que eu via teu sorriso largo, o sorriso de um homem menino, ou seria uma menino homem? Tentando lembrar das palhaçadas e do teu jeito de ser... Ah, James! Como isso dói em mim! Eu nunca pensei que algum dia a morte fosse chegar tão perto de mim; nunca pensei que eu fosse, algum dia, perder alguém e quando eu perco, esse alguém é logo você! Ah! Como eu queria que fosse diferente! Mas eu compreendo. Compreendo... Juro! Você tinha sua missão na Terra, e essa missão foi me fazer feliz a cada segundo que passou comigo...

                                                  Fim.                   


A autora desse texto é Yali, uma amiga de escola, companheira de "brisas" loucas, escritora em momentos vagos, me ajudar a fazer textos, faz textos picantes homossexuais e que fazem muito sucesso na escola. Os contos que a Yali faz são ótimos, mas ela diz que tem vergonha de publicá-los. Talvez seja pelo sedentarismo grave que tem. E cá estou sem permissão (espero que ela ñ me odeie ou xingue) publicando um de seus textos. É difícil de compreender Yali às vezes, mas a companhia dela é ótima. Curte bandas que só ela sabe nome, mas algumas que às vezes conhecemos. Ela não é apenas uma garota de 13 anos, a idade e rostinho com os olhos verdes angelicais escondem a Yali verdadeira, a Yali escritora , menina-mulher.




Ela sobre Ela : 


Yali 


É difícil me iludir, porque não costumo esperar muito de ninguém. Odeio dois beijinhos, aperto de mão, tumulto, calor, gente burra e quem não sabe mentir direito. Não puxo saco de ninguém, detesto que puxem meu saco também. Não faço amizades por conveniência, não sei rir se não estou achando graça, não atendo o telefone se não estou com vontade de conversar. Caio Fernando Abreu













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